Como o autoconhecimento influencia sua carreira?

Como o autoconhecimento influencia sua carreira?

Tudo começa no autoconhecimento. Entender quais são seus pontos fortes e fracos é essencial para planejar uma carreira.
Ilustração de uma mulher pensando sobre si mesma, seus gostos e preferências

Autoconhecimento e carreira: existe relação entre essas áreas? 

Mais do que você poderia imaginar. 

O autoconhecimento é uma das coisas mais subestimadas por profissionais de todas as áreas, desde iniciantes até profissionais com muitos anos de experiência. 

Investe-se centenas ou milhares de horas em cursos técnicos e comportamentais (que são importantes, é claro), mas pouco (ou nada) em autoconhecimento. 

O que é autoconhecimento? 

Segundo uma definição do dicionário: autoconhecimento é o conhecimento de si mesmo, das próprias características, sentimentos, inclinações etc.

E qual a relação entre autoconhecimento e carreira? 

Somos seres holísticos, um todo integrado, portanto, mesmo usando separações comuns como “minha vida profissional” e “minha vida pessoal”, sabemos que conhecer a si mesmo afetará todas as áreas de nossas vidas.

Portanto, apesar da complexidade do tema, podemos entender o autoconhecimento na carreira influencia: 

  • Sua capacidade de reconhecer seus pontos fortes e pontos fracos
  • Sua capacidade de entender o que te motiva (quais são seus drivers internos). 
  • Sua capacidade de entender seu perfil: ex. gosta de assumir riscos ou é mais conservador
  • Sua capacidade de reconhecer quais assuntos ou tópicos despertam atração, interesse e paixão.

Por que é importante investir em autoconhecimento para o desenvolvimento na carreira?

Verdade seja dita: para iniciar em quase qualquer carreira não é necessário nenhum conhecimento aprofundado de si mesmo. Basta algum conhecimento técnico na área (em nosso caso, marketing digital) e é possível iniciar uma carreira na área.

No entanto, para crescer na carreira, o jogo muda e o autoconhecimento será uma de suas maiores forças.

O que acontece se você não conhece a si mesmo? 

Pare e reflita na pergunta acima por um instante.

Quando você não tem o mínimo de conhecimento de si, algumas coisas provavelmente ocorrem:

  1. Se você não sabe quem é (e para onde vai), qualquer caminho serve;
  2. Não tem clareza sobre quais habilidades e competências precisa desenvolver para dar os próximos passos na carreira;
  3. Não atinge seu máximo potencial – não utiliza suas forças para crescer e se desenvolver na carreira;
  4. Perde oportunidades de crescimento e participar de projetos que façam sentido com o que você acredita e valoriza.

Estes são apenas alguns exemplos.

A pergunta que fica é: Como desenvolver o autoconhecimento?

Antes de tudo: Não existem fórmulas prontas. É um trabalho de uma vida e ninguém tem todas as respostas. Não à toa que, desde Sócrates e o “Conhece-te a ti mesmo”, muitos outros filósofos, ao longo de milênios, falam da importância deste conceito para nossas vidas. 

Dito isso, podemos dar algumas dicas para você que deseja aliar os conceitos de autoconhecimento e carreira. Separamos para você 4 dicas para você explorar o autoconhecimento e carreira.

1. A base do autoconhecimento é o questionamento e reflexão. 

Fazer perguntas a si mesmo é uma das bases de todo o processo de autoconhecimento. Sendo assim:

  • Questione-se sobre suas ações: “Agi da melhor forma possível?” “Fui arrogante?” “Como poderia ter agido melhor?” 
  • Questione-se sobre suas emoções: “Como estou me sentindo?” “Por que sinto este mal estar?” “Estou feliz neste meu emprego?”
  • Questione-se sobre o futuro: “Como posso melhorar daqui pra frente?” “Ficarei satisfeito e feliz tendo vivido esta vida atual nos próximos meses?”

Um outro exercício muito válido é o exercício dos POR QUES. 

Ex. Antes de tomar uma decisão sobre sua carreira, pergunte a si mesmo “por quê?”. E repita isso de 4 a 5 vezes. O fato é: Se você puder encontrar 4 ou 5 boas razões para continuar nessa decisão, você terá mais clareza em sua mente, conseguirá agir de forma mais racional e evitará más ações – normalmente tomadas por impulso – e se tornará mais confiante.

Este exercício dos “por ques” é um desafio. Faça o teste e verá que a cada “por que” fica mais difícil responder o próximo. Mas esta é a ideia: chegar na essência.

2. Faça testes psicológicos/comportamentais

Atualmente existem diversos testes psicológicos e comportamentais que podem trazer informações valiosas para que você consiga ter mais clareza de seu perfil. 

Muitas empresas utilizam estes testes para ter mais informações sobre os candidatos que devem contratar. 

Alguns exemplos de testes:

DISC

O DISC é uma metodologia de avaliação psicológica que permite identificar quatro tipos básicos de comportamento: Dominância (D), Influência (I), Estabilidade (S) e Complacência (C).

Neste teste você responderá questões ligadas a seus gostos, visão e necessidades pessoais, opinião, maneiras de encarar a realidade, preocupações e preferências.

O objetivo do teste DISC é ter uma avaliação de seu comportamento instintivo (menos racional). 

Uma versão simplificada do teste pode ser realizada aqui.

MBTI 

A tipologia de Myers-Briggs (MBTI) também é um instrumento utilizado para identificar características e preferências pessoais. É um dos testes mais conhecidos de todo o mundo. 

Ao final do preenchimento do MBTI existem 16 resultados possíveis. 

O teste atribui quatro categorias:

  • extrovertido ou introvertido, 
  • intuitivo ou observador, 
  • pensante ou sentimento, 
  • julgador ou explorador. 

Uma letra de cada categoria é usada para produzir um resultado de teste de quatro letras, como “ISTP” ou “ESFJ” (siglas em inglês).

Você pode fazer o teste gratuitamente neste site.

Existem vários outros testes, basta dar uma rápida pesquisada no Google para encontrar. Alguns outros conhecidos são o teste de arquétipos e o PDA.

Não podemos presumir com segurança que a mente de outras pessoas funcione com os mesmos princípios que a nossa. Com demasiada frequência, outros com quem entramos em contato não raciocinam como raciocinamos, ou não valorizam as coisas que valorizamos, ou não estão interessados no que nos interessa.

Isabel Briggs Myers

É importante dizer que não existe o teste perfeito, no entanto, fazer alguns destes testes e analisar seus resultados vai te ajudar a ter mais informações sobre si e te ajudará a entender como usar isso a favor de sua carreira.

3. Entender o que a sua voz interna fala para você o tempo todo

Confesso que este é ponto mais subjetivo, mas, mesmo assim quis colocar este ponto como forma de aperfeiçoarmos nosso autoconhecimento e carreira. 

Todos temos uma voz interna. Aquela que fala conosco o dia todo. São pensamentos, devaneios que passam pela nossa mente. 

Seu dever é prestar atenção nela. O que ela está te dizendo? 

  • Ela inspira autoconfiança ou medo? 
  • Ela diz que você é capaz ou está sempre te colocando defeitos?
  • Ela acredita em crescimento e oportunidades ou fala de fracassos e dificuldades?

Monitorar essa voz é uma das coisas mais importantes (e mais difíceis) a fazer. Mas a boa notícia é que quando você se torna consciente dela, tem as ferramentas necessárias para agir. Você pode dominá-la, questioná-la e pouco a pouco orientá-la ao um novo rumo. É um eterno jogo interno em nossa mente.

Podemos pensar nesta ideia como um círculo virtuoso: Nossos pensamentos vão ditar nossas ações, que ditarão nossos resultados, que nos tornarão mais confiantes e o ciclo recomeça. Desta forma, monitorar seus pensamentos podem ter suma importância: eles podem ter mais influência na sua carreira do que você imagina. 

4. Cuide de sua linguagem corporal 

Como vimos, nossos pensamentos determinam nossos comportamentos e ações. Mas, será que o contrário também é verdadeiro? 

Alguns estudos dizem que sim. 

Um exemplo é um estudo da pesquisadora Amy Cuddy que surpreendeu o mundo ao revelar que mudar suas posições corporais podem aumentar sua autoconfiança no trabalho. 

Em seu famoso TED ela relata estas descobertas. Ela chama a atenção para algumas “posições de poder”, algumas linguagens corporais que nos ajudam a nos tornarmos mais confiantes. Vale muito assistir. 

Portanto, cuide de sua postura corporal e mude a forma como se comporta. Esta é uma dica da dupla “autoconhecimento e carreira” que pode fazer a diferença em momentos decisivos, como entrevistas, apresentações, negociações e muito mais. 

If you feel you shouldn’t be somewhere: fake it. Do it not until you make it, but until you become it.

Amy Cuddy

5. Mapeie seus pontos fortes e fracos

Após realizar todas as etapas acima, faça um mapeamento dos seus pontos fortes e fracos. Se quiser, você também pode fazer uma análise SWOT de si mesmo(a). Reconhecer seus pontos fortes e fracos vai te ajudar a tomar melhores decisões sobre sua carreira, como escolher em que área atuar e como escolher uma função que explora aquilo que você tem de melhor a oferecer.

Para os pontos fracos é importante lembrar que todos nós temos nossos pontos de melhoria. Não é vergonha nenhuma reconhecer isso. A parte importante aqui é reconhecer e traçar um plano de melhoria para os pontos fracos. O que você vai fazer para melhorar nesses pontos?

Esse exercício também te ajudará a escolher quais habilidades e competências você deve desenvolver. Lembre-se de investir no desenvolvimento de hard skills e soft skills também.

Concluindo 

O autoconhecimento pode ser um grande aliado para o crescimento na carreira (e, em todas as áreas de sua vida). Não menospreze e não subestime seu poder. Pegue algumas destas dicas (ou outras que você desejar) e busque aplicar em seu dia a dia.  

Conta pra gente: Além destas atividades citadas no texto, você realiza alguma outra para desenvolver o autoconhecimento? Ou nunca teve o hábito de olhar para isso? Compartilhe aqui nos comentários!

Ludy Amano

Fundador da Mirago, atuou como consultor de marketing digital por muitos anos. Formado em comunicação social pela ESPM, já ministrou aulas em instituições como BSP, Trevisan Escola de Negócios e Escola São Paulo. Atualmente se dedica a inovação na educação do mercado digital.
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