Mobile vs Desktop no e-commerce

Quando se trata de comércio eletrônico, o mobile está ganhando força. Uma pesquisa recente, realizada pela Federação Nacional de Varejo, nos Estados Unidos, descobriu que quase 57% do tráfego de compras online durante a Black Friday de 2015 veio a partir de telefones móveis.

Enquanto o debate sobre se a compras online vão matar as lojas físicas já está em pauta há um bom tempo, será que o desktop se tornará obsoleto?

Não necessariamente, de acordo com o especialista Andy Wong, sócio da Kurt Salmon Digital – uma empresa de transformação digital com sede em várias partes do mundo. Ele diz que enquanto o tráfego a partir de telefones móveis para sites de comércio eletrônico está crescendo rapidamente, isso não se traduz necessariamente em vendas reais. Muitos de seus clientes veem quase 70% dos seus e-mails sendo abertos no mobile. Mas em termos de conversões reais, o móvel está crescendo muito lentamente.

No celular, um dos maiores obstáculos que o e-commerce enfrenta é o processo de checkout. Muitas vezes, leva muito tempo, e é demasiado longo para os consumidores preencherem suas informações de pagamento e endereço para envio em um telefone móvel.

Varejistas como a Amazon, por exemplo, não têm esse tipo de problema, porque eles são capazes de acessar informações de faturamento salvas, e podem fazer o processo de pagamento mais uniforme no celular e, assim, beneficiar do aumento do tráfego de comércio eletrônico móvel. Um serviço como a Apple Pay, por exemplo, pode agilizar ainda mais o processo de pagamento no celular, o que pode levar a conversões mais elevadas.

Mas quando tudo estiver dito e feito, enquanto os telefones móveis terão um papel cada vez mais crucial no processo de compra, eles não precisam substituir o desktop. Mesmo que a maioria dos clientes nunca comecem a fazer compras no celular, eles ainda vão usar seus smartphones para ler e-mails promocionais, visitar sites, engajar em mídias sociais e ler opiniões.

Como um comerciante experiente, é importante se concentrar em uma estratégia de canais ao invés de escolher uma só plataforma.

E você, tem suas estratégias desktop e mobile bem definidas?

Isabella Magalhães

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